O FUTURO DOS EDIFÍCIOS RESIDENCIAIS

Estamos vivendo um ano atípico. Jamais imaginado. Durante a pandemia atual, observamos a importância de um lar que favoreça conforto, garanta saúde e bem estar, proporcionando qualidade de vida aos seus moradores. Nunca passamos tanto tempo dentro de nossas casas, isolados. A casa passou a ser usada para todos os fins: domésticos e profissionais.

Neste momento tão peculiar, percebemos a necessidade por espaços apropriados às suas novas rotinas e funções. Colocamos o nosso olhar na adequada iluminação natural, no banho de sol (importante para a nossa saúde), no conforto térmico e acústico e também, na necessidade do espaço projetado para a Gestão de Resíduos, aumentados consideravelmente em nossas casas, durante a pandemia. Ainda não estamos preparados para uma coleta seletiva e um adequado processo de beneficiamento.

Neste cenário, fica evidente, a obrigação de nos posicionarmos setorialmente e passarmos a projetar para um mundo novo, sustentável e resiliente. Focar os recursos para o Desenvolvimento Sustentável, tendo em vista que, vivemos uma crise ambiental, sanitária e econômica e juntos devemos buscar por soluções. Faz-se necessária uma resposta forte e coesa, uma mobilização de todos os atores do setor da Construção Civil.

Na nova forma de projetar devemos buscar soluções sustentáveis que priorizem a emissão de baixo carbono, baixo consumo energético em todo o processo de produção do edifício, uso de materiais renováveis, dando prioridade para a economia circular. Construir empreendimentos que permitam a seus usuários terem acesso a pequenos refúgios, garantindo uma qualidade de vida física, mental e espiritual.

Assim, a concepção dos Novos Edifícios Residenciais tem um importante papel na busca deste “novo mundo” que nos espera à frente. O confinamento nos advertiu para a urgência em projetarmos espaços sadios e confortáveis, modulares e flexíveis, adaptáveis às necessidades de cada família. Nesse sentido, a modulação possibilita uma adequação em função da necessidade de cada usuário e suas necessidades pessoais e profissionais. Também é necessário observar que vivemos em um país do tamanho de um continente, com diferentes condições sociais e climáticas, sendo o uso da climatização um aspecto que deve ser considerado. Destaca-se ainda a obrigação em oferecer uma qualidade sanitária dos espaços, por meio de superfícies antibacterianas, de fácil limpeza e manutenção ou de soluções touchless, sem necessidade do toque manual, por exemplo:

  • Abertura de portas sem contato manual;
  • Sanitários autolimpantes;
  • Separação de fluxo de pessoas;
  • Inovações automatizadas e com uso de inteligência artificial e gestão de dados.

Estes princípios são importantes para futuros empreendimentos, novos ou retrofitados, que precisam estar inseridos em um cenário urbano que considere um uso misto de funções, fazendo coexistir edifícios residenciais, corporativos, de serviços e de lazer em uma mesma área. Nesse contexto, o Bairro Auto Sustentável é uma prioridade a partir de agora. O morador terá qualidade de vida, com a minimização de deslocamentos. O conceito básico é simples: poucos deslocamentos, pessoas caminhando em suas diversas atividades do dia a dia, fazendo maior uso de bicicletas e adotando um novo conceito de uso do carro da família. Tudo isso propicia ao morador qualidade de vida e também melhora a sua saúde, o que consequentemente pode reduzir as dificuldades com a gestão da saúde pública. A nossa proposta é de integração da tecnologia e do ser humano na construção da verdadeira construção sustentável. Criar lugares nos quais seja possível o desenvolvimentos de um espírito cidadão e solidário, garantindo uma coesão social.

Assim, convido a todos os stakeholders da Construção Civil a refletir sobre o futuro das habitações.

Buscar o equilíbrio em prol de um mundo sustentável deve ser a saída e o nosso Desafio!

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